Empresário condenado no escândalo do DNIT é investigado por incêndio em trevo

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O empresário José Carlos Rozin foi alvo de mandado de busca e apreensão no âmbito da Operação Unlock, deflagrada ontem (20) pela Polícia Federal e pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) contra os responsáveis pelo bloqueio ocorrido sexta-feira no Trevo da Bandeira, em Dourados, a 251 km de Campo Grande. O protesto no trevo ligando as rodovias BR-163 e BR-463 terminou com um Fiat Uno destruído pelo fogo após o condutor passar sobre o bloqueio de pneus em chamas. Dono de empresa de terraplanagem e locação de máquinas pesadas, Rozin foi um dos condenados no escândalo de corrupção no DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), em maio deste ano. Ontem, agentes da PF e policiais rodoviários federais saíram às ruas de Dourados para cumprir três mandados de busca e o mandado de prisão preventiva de André França da Silva, 39, proprietário da carreta bitrem usada para levar os pneus usados no bloqueio. Ele foi preso no final da tarde. A reportagem apurou que José Carlos Rozin foi um dos alvos dos mandados de busca expedidos pela Justiça Federal. Os outros dois foram cumpridos na carreta, encontrada ontem de manhã, e na casa de André França, no Jardim Márcia, região leste de Dourados. Segundo fontes ouvidas pelo Campo Grande News , Rozin é suspeito de ser o mandante do bloqueio. Na manhã de sexta-feira, ele fez postagem em grupo de WhatsApp informando que já estava no Trevo da Bandeira e que naquele momento era o único manifestante no local. Denominado “Dourados MS-BR-163”, o grupo reúne apoiadores do presidente Jair Bolsonaro descontentes com o resultado da eleição que deu vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ainda na noite de quinta-feira (17), integrantes do grupo começaram a planejar o bloqueio no Trevo da Bandeira. Até uma enquete foi feita no grupo para decidir se os manifestantes deveriam continuar em frente ao quartel do Exército ou se deveriam ir para a rodovia federal. A maioria decidiu ir para o trevo, mas bloqueio com pneus em chamas desagradou muitos manifestantes. No próprio grupo, eles criticaram o ato. Como o protesto culminou no incêndio do carro, os poucos manifestantes que foram ao trevo se dispersaram. DNIT – Em maio deste ano, José Carlos Rozin foi um dos condenados no processo que apurou desvio de R$ 34,7 milhões (valores atualizados) no DNIT de 2002 a 2006. Ele pegou pena de seis anos, quatro meses e 24 dias, mas permanece em liberdade. O principal réu no caso é o ex-supervisor do DNIT em Dourados, Carlos Roberto Milhorim, condenado a 36 anos, dois meses e 20 dias de prisão. O juiz substituto Fábio Fischer, da 2ª Vara Federal em Dourados, condenou Milhorim por corrupção passiva e peculato. Também determinou a perda de um apartamento no edifício Ilhas Gregas, no centro de Dourados. Além de Milhorim e José Carlos Rozim, foram condenados os empresários Francisco Roberto Berno (11 anos, 2 meses e 12 dias), Renato Machado Pedreiro (6 anos, 4 meses e 24 dias) e Solange Regina de Souza (4 anos, 5 meses e 10 dias). O Campo Grande News ainda não conseguiu contato com José Carlos Rozin e com a defesa de André França da Silva.

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