O julgamento de João Carlos Gimenes Brites entra no 2º dia, em Presidente Prudente (SP) com debate da acusação e da defesa. Ele está sendo acusado de matar indígena guarani-kaiowá Dorvalino Rocha com tiro à queima-roupa, em 2005, em Antônio João, a 319 quilômetros de Campo Grande. O júri tramitou na Justiça Federal em Ponta Porã e foi deslocado para 1ª Vara Federal de São Paulo, após pedido formulado pelo MPF (Ministério Público Federal) ao TRF3 (Tribunal Regional Federal). Como o Fórum da Justiça Federal não tem sala para julgamentos, ele está sendo realizado no prédio da justiça estadual. Ontem, no primeiro dia do júri, estava previsto o interrogatório de três testemunhas de defesa e três de acusação. Hoje, estão previstas as sustentações orais da promotoria e da defesa do réu. Pelo rito, o tempo destinado para acusação e defesa será de uma hora e meia para cada, e de uma hora de réplica e outra de tréplica. Ainda não há previsão de quando o julgamento irá acabar. Lideranças indígenas de Antônio João e o coordenador regional do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), Matias Rempel, estão em Prudente e acompanham o julgamento. Morte – O caso ocorreu no final de dezembro de 2005, em região alvo de disputa entre indígenas e fazendeiros. Dorvalino caminhava em uma estrada dentro da fazenda no dia 24 de dezembro, quando um carro com seguranças da propriedade se aproximou. Segundo a denúncia, João Carlos estava entre os homens e atirou duas vezes em direção à vítima que foi atingida no pé e no peito. O indígena chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News .