A polícia paraguaia investiga suspeita de ligação entre o triplo assassinato ocorrido na semana passada na fronteira com Mato Grosso do Sul e a execução de Clemencio González Giménez, 64, o “Gringo González”. Narcotraficante famoso na linha internacional, Gringo foi morto com 48 tiros em uma quitinete em Pedro Juan Caballero, cidade separada por uma rua de Ponta Porã (MS). Ele vivia na modesta residência para se esconder, mas teria sido traído por um empregado, que revelou a localização para seus inimigos. Efraín Alfonzo López, 44, Fredy Echagüe Moreira, 39, e Blas Antonio Centurión, 41, foram mortos a tiros de fuzil e pistola na região de Puerto Risso, na fronteira do Paraguai com o município de Porto Murtinho (MS). Na quinta-feira (24), os três seguiam em uma caminhonete Toyota Hilux branca, alvejada por dezenas de tiros disparados por pistoleiros em pelo menos dois veículos. Fora de controle, a caminhonete caiu em um lago e foi retirada no sábado (26). No veículo estavam os corpos de Efraín López e de Fredy Moreira. O corpo de Blas Antonio foi localizado no dia anterior, perto do lago. De acordo com investigadores paraguaios, Fredy Echagüe Moreira era apontado como um dos pistoleiros que invadiram o conjunto de quitinetes e executaram Gringo González. A suspeita surgiu após a apreensão de uma pistola Glock 9 milímetros, em 21 de dezembro de 2024, em Pedro Juan Caballero. A arma estava com Gregorio Esteban Morales Coronel, 23, o “Tuku”. Ele afirmou que havia recebido a arma de Fredy Moreira alguns dias antes. A balística revelou que a Glock tinha sido uma das armas usadas no assassinato de Gringo. Conforme essa linha de investigação, Fredy Moreira seria o principal alvo dos pistoleiros e os outros dois morreram por “efeito colateral”. Entretanto, existe outra hipótese, menos provável, de que os três eram suspeitos de abigeato (furto de gado) na linha internacional e por isso teriam sido mortos. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .